domingo, 23 de fevereiro de 2014

Conhecendo melhor meu novo mundo

A primeira semana que passei em PAP foi um pouco complicada para mim, ainda não conhecia ninguém e estava me sentindo bem perdida. 
Na semana que passou já foi bem mais tranquilo, passei a conhecer a algumas pessoas e a ser incluida nos programas que o pessoal faz por aqui, que por sinal são vários. Só neste final de semana tinha gente indo pra praia no sábado, carnaval no domingo, montanha no domingo e também visita a um orfanato no domingo a tarde. Ou seja, tem atividades para todos os gostos. Eu escolhi ir ao orfanato com o pessoal hoje a tarde, daqui a pouco to saindo.

Esta última semana foi bem mais cheia que a anterior, começando pela segunda, quando meus colegas do escritório me convidaram para um coquetel aqui no Brabat. Foi um evento social muito interessante, pela primeira vez na vida entrei em um quartel do exército e também conheci vários militares, inclusive o comandante do batalhão. Este senhor, muito simpático, me disse que posso frequentar o local sempre que quiser e pedir ajuda a eles no que precisar. Espero nunca precisar mas me tranquiliza saber que tem pessoas do meu país com as quais posso contar. 

 
Na quarta-feira treinei um pouco para o teste de direção que farei nesta próxima semana, aqui o terror de todo mundo também é o teste da baliza. Com o detalhe que as caminhonetes são bem maiores que os carrinhos 1.0 zero usados pelas auto-escolas do BR. Além disso, eles não permitem manobrar o veículo, ou seja, uma M.

A caminho da escola. 

Na quinta-feira estive na inauguração de uma escola aqui da cidade, projeto desenvolvido por uma das agências da ONU aqui no Haiti. Foi uma experiência bem interessante, pra conhecer um pouco mais da realidade e da cultura locais. A escola é, no meu ver, um paraíso em comparação ao local onde está situada. É provavelmente o único local bonito da favela, um refúgio para estas crianças que vivem num ambiente tão feio. 
Abaixo algumas fotos da escola e do caminho para chegar até lá:






Neste mesmo dia, por conta do carnaval que se aproxima, teve uma apresentação de dança folclórica haitiana lá na base. 

Ainda na quinta fui a uma aula de Samba, pela primeira vez na vida, e me diverti pra caramba. Quem diria que eu teria que mudar de país pra conhecer mais da cultura do meu país. Além disso, conheci um pouco melhor o pessoal que vai à aula e a própria professora que é uma brasileira super bacana que vive aqui há quase cinco anos e trabalha em uma ONG aqui. 

Já, na sexta fui a uma aula de Salsa, algo também inédito para mim. Foi super divertido também, quero continuar fazendo todas as aulas de dança possíveis. 

Na sexta também saí com o pessoal da missão (missão é como nos referimos à MINUSTAH, que é a missão de estabilização do Haiti) para ir a um bar que eles costumam frequentar. Já esqueci o nome do local, mas eles tem uma banda tocando música local, a Kompa, e a galera dança. Esta foi certamente a parte mais divertida da semana, eu sempre adorei dançar mas fazia tempo que eu não saia para dançar (tirando eventos sociais como casamentos, etc). 


Este era o bar onde fomos na sexta. 

Meu sábado, por outro lado, foi bem tranquilo apenas descansei, li meu livro, falei com o namo e a mãe, etc. Neste final de semana percebi que estou um pouco carente, sentindo falta da família, amigos e namorado. Mas isso faz parte de toda mudança, já passei por isso ou

2 comentários:

  1. Oi Ana!!! Que bom que na segunda semana voce ja se sentiu mais em casa! Quanta coisa bacana que voce esta fazendo! Fomos numa festa de carnaval brasileiro , teve um sbow bacana de samba, semana passada, e sabe q tb tive essa impressão de ter q sair do pais pra conhecer mais nossa própria cultura! Bjossss!!!

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  2. E li seus posts de trás prara frente...rs
    Já sei que você perseverou nas aulas de dança e que está super feliz!
    Estava pensando que na data do seu post eu estava quase vindo morar no Canadá e agora estou aqui já faz 3 meses meio. Como o tempo passa não é mesmo.
    Desejo que a sua vivência no Haiti e seu trabalho na Onu sejam experiência maravilhosas.
    Um grande abraço,
    Maiuly

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