quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Resolução de ano novo: ser voluntário

Por Marlise Brenner em Bonn (original aqui)

Sua resolução para 2014 é sair de trás de uma mesa e trabalhar como voluntário em uma organização sem fins lucrativos? Marlise Brenner, chefe de recrutamento de voluntários na Voluntários da ONU, compartilha dicas sobre como fazer isso acontecer.


Meu trabalho é baseado em escritório, mas eu quero obter mais experiência no campo. Como posso sair de trás da minha mesa e conhecer as pessoas que estamos tentando ajudar?

As primeiras perguntas a fazer a si mesmo é: "Eu tenho as habilidades necessárias para o trabalho que está no campo?" Muitos indivídios comprometidos e envolvidos estão ansiosos para chegar lá e ajudar diretamente, e diferentes caminhos estão abertos, desde empregoas até o voluntariado auto-financiado. No entanto, querer ajudar não torna a busca por uma oportunidade mais fácil ou menos competitiva. Na maioria dos casos, suas habilidades profissionais são o que determina se você vai, com quem, por quanto tempo e onde. No campo, existe uma capacidade limitada para absorver pessoas que não estão tem um conhecimento específico, não só em termos de habilidades profissionais mas em habilidades pessoais: como comunicação, flexibilidade e consciência cultural. Certamente esta é a nossa experiência do que os nossos parceiros esperam do programa de Voluntários das Nações Unidas (UNV - United Nations Volunteers).

Aqui na UNV, procuramos por diversos profissionais para apoiar o trabalho dos nossos parceiros AN. Voluntários das Nações Unidas serviem como médicos, na proteção dos direitos humanos, logística e controle de ar, suporte eleitoral e manutenção da paz, monitoramento e avaliação de meios de comunicação. As necessidades específicas dos nossos parceiros têm uma relação direta na definição dos requisitos para cada vaga de voluntário.

Enquanto os requisitos específicos podem variar, todos os candidatos precisam ter no mínimo 25 anos e ter experiência profissional relevante de dois anos. Na seção de voluntários do nosso site, há um link para "áreas específicas de conhecimento" que estão em demanda. Esta lista fornece uma visão de que tipo de perfis de voluntários são solicitados com bastante frequência. Se os seus conhecimentos e experiência profissional estão em uma dessas áreas, você, tem uma oportunidade bastante razoável de ser considerado para uma vaga da UNV. Nosso relatório anual UNV dá alguns ótimos exemplos do que os nossos voluntários fazem em 130 países ao redor do mundo, servindo com cerca de 35 diferentes entidades da ONU.

Se você pertence a uma organização profissional, você também pode descobrir se eles têm quaisquer ligações a redes mais amplas que pode estar à procura de pessoas com o seu perfil. Pesquisando na internet por organizações que estão anunciando vagas para perfis específicos é uma ótima forma de começar; veja os requisitos deles para ter uma idéia de quão bem você atender às necessidades da organização. Considere procurar localmente, onde organizações de menor porte podem ter parcerias ou fornecer conhecimento a uma rede mais ampla de organizações globais.

Isso vai tomar tempo e persistência, e mantenha a mente aberta - você provavelmente acabará em um lugar completamente diferente de onde você começou. Quanto mais pesquisa que você fizer, e quanto mais você falar com outras pessoas, mais você começará a entender quais opções estão disponíveis para você.

Marlise Brenner dirige a seção de recrutamento de voluntários no programa de Voluntários das Nações Unidas. Siga a UNV no Twitter em @unvolunteers.

**************
Se você quiser ser voluntário das Nações Unidas precisa saber falar Inglês ou Francês.
Leia mais no site da ONU em português http://www.onu.org.br/faca-parte-da-onu/voluntariado/

No caminho errado? 6 passos para encontrar o seu caminho

Texto por Amber Rae - 13 de janeiro de 2012 (original aqui)
( Me identifico muito com o texto por que já passei por tudo isso que ela comenta. - Ana)

Há três anos neste mesmo mês eu dei um grande salto de fé. No que parecia ser um capricho, deixei o meu emprego em uma empresa de software, em San Francisco, vendi meu carro, móveis e pertences, doei quase todas as minhas roupas para a caridade e voei para Nova York com apenas uma mala e um sonho.


Isso tudo aconteceu em cerca de 48 horas. Como eu estava colocando as peças do puzzle cuidadosamente juntas, contei a poucas pessoas sobre o que eu estava fazendo. Foi somente quando eu estava a caminho do aeroporto que eu liguei para a minha mãe, uma pessoa de quem sou incrivelmente próxima, para contar-lhe o que estava acontecendo.


Eu sabia que essa era a coisa certa a fazer, e eu não queria outra opiniões interferissem na minha decisão. No momento em que cheguei a Nova York eu não tinha idéia do que viria a seguir, mas eu sabia que o que quer que fosse tinha que ser melhor.


Este é o dia que começou minha jornada. Foi o dia em que me tornei para vagar, explorar, experimentar, seguir meu coração, e fazer as coisas certas acontecer pelas razões certas. Claro, nem tudo mudou do dia para a noite. Três anos mais tarde, apenas agora me sinto como se tivesse chegado a viver em meus próprios termos. E agora a minha visão, para mim e para o mundo, é clara.


Mas isso é apenas um lado da história. O outro, e talvez o mais valioso, encontra-se em tudo o que aconteceu antes e que me levou ao dia em que saí de São Francisco. Eu chamo isso de período de sofrimento pré- viagem. Eu estava perdida, confusa e incerta sobre o que eu queria da vida. Eu era o fracasso em pessoa, ia atrás de caras que eram emocionalmente indisponíveis, me preocupava muito sobre as expectativas das outras pessoas a meu respeito. Eu parecia feliz, mas no fundo havia muito para descobrir e explorar. Esse período me ensinou sobre o que eu não queria da vida.


Se você estiver em uma situação semelhante, onde você sabe o que você não quer e se sente como se estivesse no caminho errado, aqui está como eu encontrei o meu caminho.



1. Faça o melhor que puder com o que tem

Mesmo que o trabalho em San Francisco não fosse perfeito, eu dei o melhor que eu tinha nesta experiência. Eu viajei por todo o país para falar em conferências e conheci pessoas incríveis das áreas de internet e marketing, com algumas das quais eu tenho contato até hoje. Eu aprendi sobre o mundo da comunidade de software empresarial (entendi que não era tão interessante para mim). Mas fazer o melhor do que eu podia me levou a descobrir o que eu deveria estar fazendo.


2. Ouça a sua voz interior

A maior parte do tempo em que eu estava trabalhando neste trabalho, eu sentia que estava faltando algo. Eu encontrei-me sem a profunda paixão e direção a qual eu havia tido a minha vida inteira. No fundo eu sabia que, o trabalho que eu estava fazendo não era o trabalho que eu devia estar fazendo. A cada mês ou pouco mais, especialmente nos últimos seis meses em que eu estava lá, minha voz interior estava lá para me lembrar disso. Quando eu tentava explicar às pessoas como eu me sentia, elas olharavam para mim como se eu fosse louca. Aos seus olhos, eu tinha a sorte de ter um emprego na recessão. Mas eu sabia melhor.

3. Redefina seu conceito de sucesso


Eu tinha um grande salário que me deu tudo que eu queria na época. Eu tinha um grande guarda-roupa, vivia em um belo apartamento com vista para a ponte Golden Gate, e saia para jantares agradáveis. Eu bebia mais vinho do que eu gostaria de me lembrar. As pessoas me chamavam de sortuda.


Mas eu não me sintia sortuda. Todas as coisas que eu tinha - nenhuma delas era o que eu realmente queria. Eu não me importava com as roupas ou o apartamento, eram apenas bens materiais. As coisas que eu possuía estavam começando a me possuir. Foi quando eu percebi que eu tinha a oportunidade de redefinir o sucesso. Para mim, não era sobre dinheiro ou coisas. Foi, e ainda é, sobre sentir um profundo preenchimento e significado, eliminando a infelicidade de minha vida, e experimentando o progresso todos os dias. Uma vez que eu redefiniu o sucesso, tornou-se muito mais claro quais as possibilidades pela frente para mim.



4. Encontre alguém que acredita em você

A cereja no topo do bolo para mim foi quando Amit, um amigo da cena startup de San Francisco e fundador da sua própria empresa, mostrou-me que acreditava em mim. Quando eu contei a ele meu plano de me mudar para Nova York, quando esta ainda era uma ideia nascente, as únicas perguntas que ele me fez foram "Por que não?" e "o que é o pior que pode acontecer? "

Ele foi a primeira pessoa que eu senti que entendia o que eu estava vivendo. Ele foi quem me incentivou a ir e dar este salto. Em vinte minutos de conversa com Amit, as peças do quebra-cabeça começaram a se juntar na minha mente. Ter alguém assim, que acredita em você tanto assim, é inestimável quando você está tomando uma grande decisão.



5. Escolha algo

Eu não tinha idéia do que queria quando cheguei pela primeira vez em Nova York. Eu só sabia o que eu não queria. Então eu decidi escolher alguma coisa, qualquer coisa, que parecesse interessante. Eu percebi que escolher algo era melhor do que não escolher nada. E a única maneira de descobrir o que eu realmente queria da vida era sair e fazer alguma coisa de verdade.

Então eu escolhi startups. New York era um palco florescente, eu tinha estado brincando com computadores e internet desde muito jovem e esta parecia a combinação perfeita.


6. Faça acontecer

Com esse objetivo em mente, eu pargunte a Amit Gupta se eu poderia ser a filial de sua companhia, Photojojo, Costa Leste. Eu apresentei três idéias para a empresa, e expliquei-lhe como elas iriam funcionar e por que seriam boas para seu negócio.

E deu certo: nós fizemos um acordo em que eu ficaria com uma parte de todas as  comissões sobre vendas de parcerias ou acordos que conseguisse. Eu consegui reuniões com Tumblr, Vimeo, Busted T, e Thrillist, entre outras startups e pessoas dentro da comunidade. Com o apoio de Amit, consegui me conectar rapidamente com as pessoas da cena de tecnologia de Nova York. Eu fiz milhares de dólares, e muitos relacionamentos inestimáveis ​​.


E esse foi meu ponto de partida. Olhando para trás, aqui vai meu conselho: Se você tem um contato com uma empresa que se alinha com a sua nova definição de sucesso, seja assertivo e diga a eles como você quer ajudar. Se eles disserem não, continue tentando até encontrar uma que diga sim.




Se você se sentir como se estivesse na carreira errada, não entre em pânico. Siga primeiro estas seis etapas, e eu garanto que você vai começar a ir por um caminho que está mais alinhado com a vida que você imagina. Se você está se perguntando o que acontece quando você der o salto - como se manter, conhecer as pessoas certas, descobrir o que você realmente deveria estar fazendo - é disso que nós vamos falar na próxima semana. Fique ligado!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Olá mundo! - Hello world!

Esta é a primeira vez que decidi ter um espaço virtual, e o motivo pelo qual decidi fazê-lo é principalmente para ter uma forma de compartilhar com amigos e familiares minhas experiências como UNV no Haiti. 
Além disso espero poder ajudar a outra pessoas, que estão passando por o que passei, a refletirem sobre suas vidas e a decidir realizar seus sonhos, o que quer que sejam. 


Você deve estar se perguntando por que o blog tem este nome estranho, e ele é um nome estranho mesmo. Porém é um nome que tem um forte significado pessoal. Se traduzirmos literalmente ele significa "cabras paraquedistas", porém para mim ele significa algo mais, significa "atirar pela janela seus medos para se tornar livre para realizar seus sonhos".

A estória do nome é um pouco longa e quero escrever mais a respeito num post futuro, mas ela basicamente vem de um sonho que alguém me contou na minha viagem para Pipa (RN) em abril de 2013. Além de me contar seu sonho com as cabras saltando de paraquedas esta pessoa também fez parte de um momento de reflexão muito intensa naqueles poucos dias de férias. Passamos horas falando dos nossos sonhos, do sentido da vida, de nosso desejo por mudança e acabei associando a ideia das cabras saltando de paraquedas com a idéia de arriscar a vida segura que construí ao longo de anos aqui em Curitiba para alcançar aquilo que meu coração pedia. 

Sonhos? 
Tenho muitos, mas no momento os dois mais importantes são ter um trabalho que ajude a melhorar o mundo e fazer uma viagem de volta ao mundo. O objetivo deste blog é falar mais do primeiro, mas espero que no futuro possa falar também do segundo. 

:) 


(English version)

This is the first time I decided to have a blog, and the reason I decided to do it is mainly to have a way to share with family and friends my experiences as a UNV (UN volunteer) in Haiti.
Also I hope to be able to help other people, who are going through what I went through, to reflect on their lives and decide to realize their dreams, whatever they may be.

You must be wondering why the blog has this awkward name, and it realy is an awkward name. But it is a name that has a strong personal meaning. For me it means "throw out the window your fears to become free to achieve your own dreams."

The story of the name is a bit long and I want to write more about in a future post, but it basically comes from a dream that someone told me on my trip to Pipa (RN) in April 2013. Besides telling me his dream with many parachuting goats this person was also part of a very intense moment of reflection for those few days of vacation. We spent hours talking about our dreams, the meaning of life and our desire for change and I ended up associating the idea of the parachuting goats with the idea of risking life holds that I built up over the years here in Curitiba to achieve what my heart asked me for.

Dreams ?
I have many, but at the moment the two most important are to have a job that helps to improve the world and make a trip around the world. The purpose of this blog is to talk over the first, but hopefully in the future can also speak of the second.

:)