sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Programa Jovens Profissionais da ONU - YPP

Em dezembro vou fazer o concurso da ONU, que eh um exame realizado todos os anos para contratar jovens profissionais. Para este ano as inscricoes ja estao encerradas, mas decidi colocar aqui algumas informacoes caso alguem tenha interesse. 



Os profissionais devem ter até 32 anos no final do ano em que e ter nível superior, licenciatura ou diploma de graduação. Não é necessário ter experiência.
Neste ano as áreas para as quais esta aberto o concurso sao economia, direitos humanos, tecnologia da informação, fotografia, assuntos políticos e produção de rádio. Mas no proximo ano a lista de areas pode mudar. 
Para participar da seleção, o candidato deve ser cidadão de um dos 54 países selecionados para o exame deste ano – entre eles Brasil, Angola, Colômbia, Namibia, Paraguai e Estados Unidos, etc. Esta lista de paises muda todos os anos. 
Os candidatos devem ter fluência em inglês ou francês, que são as línguas de trabalho do secretariado da ONU.
As vagas são para os escritórios das sedes das comissões econômicas regionais em Viena (Áustria), Santiago (Chile), Addis Ababa (Etiópia), Nairobi (Quênia), Bangkok (Tailândia), Nova Iorque (EUA) e Genebra (Suíça).
As inscrições podem ser feitas pelo site https://careers.un.org/ypp 
A primeira etapa consiste em envio do currículo e de carta de motivação. Os candidatos aprovados fazem uma prova de conhecimentos gerais, em inglês ou em qualquer outro idioma oficial. Em seguida, os aprovados fazem uma entrevista e, caso forem selecionados, são contratados, por um período de dois anos, de acordo com a disponibilidade das vagas.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Haiti – Voluntariado em Organizações Internacionais



Quando descobri o programa de voluntariado da ONU foi uma novidade para mim e creio que para muitos leitores do blog também será.
Sei que uma grande parte das pessoas no Brasil desejam sair do país, seja para estudar um idioma, ganhar dinheiro ou conhecer culturas e lugares diferentes. As alternativas em geral são intercâmbios, programas de imigração ou empregos em multinacionais. Mas para aqueles com espírito altruísta também há a possibilidade de trabalhar como voluntário em algum país menos favorecido.
Antes de chegar no programa de voluntariado da ONU já havia pesquisado alguns programas em que o voluntariado é tratado como um intercâmbio e a pessoa interessada tem que pagar para participar. No meu caso isso se tornava um fator limitante, por que não teria condições de arcar com um programa desses, ao menos não pelo tempo que queria. A ONU, até onde tenho conhecimento, é uma das únicas organizações que remunera seus voluntários e arca com todas suas despesas de viagem entre o país de origem e o de destino. Este foi um fator que contou muito a favor no momento de decidir me mudar para o Haiti como voluntária.
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O primeiro passo para aqueles que pensam em seguir este caminho é refletir: "estou disposto a encarar esta experiência?" Esta pergunta é importante porque essa escolha exige sacrifícios, exige algumas vezes passar por situações perigosas ou viver sem nenhum conforto.
Por exemplo, no local em que vivo atualmente tenho água encanada, energia elétrica, segurança 24h, ar condicionado, internet, TV a cabo, academia, um veículo, acesso a médicos e diversas opções de entretenimento e viagens. Pode parecer algo normal para quem vive no Brasil, mas tenho uma amiga aqui em Porto Príncipe que viveu 2 anos em Darfur sem ter sequer água potável e energia elétrica. Parece fácil? Eu não sei se conseguiria encarar essa.
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Então é importante pensar bem antes de fazer esta escolha, por que viver em condições precárias, e por vezes arriscadas, não é uma simples aventura. Em algum momento a única coisa que vai te manter motivado é saber que o motivo que te trouxe até este lugar é o desejo de fazer a diferença.
Segundo passo importante é ter um curso superior e saber ao menos um dos idiomas oficiais da ONU (inglês, francês e espanhol), o português também pode ser relevante de acordo com a missão, mas não é suficiente. O curso superior pode variar bastante, há espaço para relações internacionais, ciências política, administração, psicologia, engenharia, arquitetura, saúde, biologia, informática, apenas pra citar a formação de alguns dos meus colegas.
Terceiro passo é fazer seu cadastro no site UNV  e aguardar ser convidado para uma entrevista. O tempo de espera pode variar bastante, pode ser que você receba um convite em três meses ou três anos.
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Quarto passo é se preparar para a entrevista, é possível encontrar o roteiro da entrevista para UNVs na internet. Se você responder estas questões antecipadamente isso vai te ajudar a manter a calma na hora da entrevista, mesmo assim esteja preparado para perguntas fora deste roteiro.
É muito importante conhecer os da ONU (Integridade, Profissionalismo e Respeito pela diversidade) e ler com atenção a descrição da vaga que está sendo ofertada. Um fator que contará a seu favor será experiência prévia como voluntário, isso é algo que com certeza irão valorizar. Após a entrevista, que será em inglês ou francês com um grupo de 3 a 4 pessoas, você precisará ter paciência pois podem levar várias semanas para lhe contatar, caso seja escolhido.
Fui escolhido, e agora?
Normalmente o contato para informar que você foi selecionado para a vaga de UNV é feito pelo escritório de Brasília. Eles enviam diversos documentos, como a proposta formal das condições de trabalho, um check list de documentos que você precisa enviar, etc.
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No meu caso levou dois meses entre a data em que recebi este email até a data da partida, mas isso pode ser um pouco mais demorado. Tive que fazer diversos exames médicos, enviar copias de documentos que comprovam minha formação, documentos para visto, enfim uma série de requisitos a serem cumpridos.
Quando todos os documentos tiverem sido enviados, o escritório da ONU irá adquirir sua passagem e lhe pagar as despesas pré-viagem.
Assim que você chega ao país de destino você precisa passar por mais alguns processos burocráticos como fazer crachás, abrir contas, fazer cadastros, solicitar contas de email, treinamentos, etc. Após um período de uma semana você deverá estar pronto para começar a trabalhar.
O trabalho desenvolvido pelos UNVs é o mesmo realizado pelos profissionais. Na maioria dos casos são trabalhos de escritório que tem como objetivo dar suporte à missão. Poucos são os casos de pessoas que vão efetivamente para o campo. Além disso, não tenho conhecimento de pessoas que trabalhem diretamente com a população local, é possível que essa seja uma realidade nas agências (UNICEF, PNUD, WFP, etc.). Portanto, se sua expectativa for fazer um trabalho voluntário que atinja diretamente as pessoas, é provável que o programa de voluntários da ONU não seja exatamente para você.
Pelo que disseram meus colegas, um período bom para ser voluntário da ONU é de 1,5 anos a 2,5 anos. Muitos dos que hoje são funcionários já foram voluntários antes, mas isso não garante que você irá se tornar funcionário. Esse processo de seleção é ainda mais rigoroso e exige bastante dedicação (Mais infos sobre o processo aqui.
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De qualquer forma, iniciar como voluntário é uma ótima maneira de conhecer melhor a organização e até mesmo definir se quer mesmo seguir carreira na dentro dela.
O que existe além das missões da ONU?
Como disse, acredito que não existam muitas organizações por aí que remunerem seus voluntários. Porém, há muitas outras organizações internacionais e de ajuda humanitária que precisam de funcionários para realizar seus projetos. Alguns exemplo são Médicos sem fronteiras, Cruz Vermelha, Anistia Internacional e as diversas agências da ONU. Um excelente site para pesquisar este tipo de vagas é o UNJobs.
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Texto publicado no Blog Brasileiras Pelo Mundo:  http://www.brasileiraspelomundo.com/haiti-voluntariado-em-organizacoes-internacionais-49204997

Spiders and Monkeys

Last week, another racist episode reopened the discussions over racism in Brazil. A 23 year-old-lady was spotted calling the goal keeper Aranha a "monkey" by ESPN’s video cameras. This type of verbal aggression is not news inside and outside Brazilian soccer fields. However, in social media era, it took few hours for outraged web users to find the young woman as a “criminal” and start a “virtual lynching” against her. She was accused of committing a racism crime, which is not correct. According to Brazilian laws she could be indicted for the crime of racial injury, and if she is condemned for that crime in the future, she will be made an example of for the Brazilian population. It will be a clear message that Brazil does not tolerate this kind of behavior. However, to what extent this case help to solve the matter of racism in such a complex society?

First, ever since the end of slavery in 1888 afro-descendants have been treated in a discriminatory manner by the countries’ society. The newly freed slaves were absolutely marginalized and abandoned by the government, which only started looking after this population many years later. Meanwhile, a huge amount of poor European migrants came to the country to replace the slave workforce. This population, on the other hand, was treated in a very different manner. They received jobs, land to cultivate, considered as hard workers, have their own businesses and some even became rich. Thus, the modern social configuration became a pyramid were the old rich families continued dominating money and power, the immigrants formed a medium class together with other middle class that was already in the country and the afro-Brazilians remained marginalized. Even though social mobility is possible in Brazil, this structure did not change much so far. But some progress has been made, like racial quotas and laws against racism.

Even though, the laws against racial offences and racial discrimination are very important, they are fighting symptoms of racism, which are easy to detect and punish. The process of reducing racial inequity is a long-term project, that will impact future generations. Afro-brazilians used to complain that they are not politically represented, don’t get the opportunity to attend universities and don’t get good jobs. In order to address the issue many public politics were put in place in the last ten years, for example the racial quotas for public universities and public jobs.

Virtual lynching - modern world

Lynching is a form of violence used as form of public punition in many places. This is a terrible practice that should be eliminated, but in modern era of internet, mobile phones and social network, it seems that a modern type of lynching is emerging, the “virtual lynching”. This kind of episode, however, is becoming more common every day. Every person that does not comply with the “politically correct” value set can become a target for public aggression. The combination of emotional reactions with the facility to say things over internet starts an instantly reaction that can only reinforce rage and contribute to worsen social conflicts. In the politically correct era, it seems that social debate, which should be a healthy process, is giving place to extremism.  Any person that disagrees with homosexual marriage or that makes the mistake of saying something not well reflected about an ethnic group is considered a monster and accused of hating the referred group. Trying to oppose what is socially acceptable can cause very emotional and violent reactions.Strong emotional reaction is the main driving force of any case of lynching. When a group of outraged people get together the consequences tend to be disastrous, especially if there is a target the group feels capable to attack. The same principle is applied to our modern version, the “virtual lynching”. One person feels angry about a racist statement and believes he/she has the right of being angry and answer the aggressor with even more aggressive words. The outraged person writes a nonsense precipitated message over a social network, some friends immediately start to share that message or write worse ones. The same pattern will be repeated by thousands or millions of people, to the point that the “criminal” is severely punished by making a terrible mistake that will be forgotten as soon as a new scapegoat appears.For the perpetrators of such an “exemplary punishment” the effects of these facts are temporary. Many are just trying to demonstrate how much better than the punished person they are, which is not true. However, for the lynched one, the effects can be devastating. Many lose their friends and jobs, suffer physical aggressions and, sometimes, have to move and try to start over again.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Danças e Ritmos Caribenhos

Desde muito jovens uma das minhas diversões favoritas sempre foi sair para dançar. No interior de Santa Catarina, onde nasci, eram muito populares os bailes com muita musica gaúcha, bandinhas germânicas no estilo Oktoberfest e um pouco de forró. Foi ai que aprendi a dançar e, mesmo sem muito talento para tal, dançava o máximo que podia.
Depois que me mudei para Curitiba, em 2003, este aspecto da minha vida ficou praticamente abandonado, tirando eventuais festas de casamento e formatura, foram raras as vezes em que sai para dançar, que fique claro, danças de salão.
Há anos que pensava em fazer aulas de dança de salão em Curitiba, mas nunca coloquei isso como uma prioridade em minha vida e portanto nunca havia posto esta idéia em prática.
Isso mudou, e finalmente pus meu objetivo em prática, quando vim para Porto Príncipe no início de 2014. Logo que cheguei aqui comecei a sair com meus colegas e frequentar lugares onde se tocam e, o mais importante, se dançam os ritmos caribenhos.
Fiquei encantada com esta novidade pois no Brasil, tirando alguns raros casos, não e comum existirem casas que tocam ritmos latinos como salsa, merengue, bachata, etc.
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Ainda no mês de fevereiro comecei a frequentar as aulas de dança de salão oferecidas na academia que temos dentro da base da ONU, em que trabalho.
Inicialmente tínhamos apenas aulas de Salsa, mas desde o começo de maio estamos dançando também Kompa, Bachata, Cha-cha-cha e Merengue.
Antes de viver no Caribe eu nunca havia ouvido falar de Kompa e Bachata, os outros ritmos eu conhecia ao menos pelo nome. Confesso que adoro dançar todos estes ritmos, e os considero ritmos cheios de energia, mas meus favoritos são a Salsa e o Merengue.
Eu estou longe de ser especialista no assunto, mas vou falar um pouquinho das minhas impressões sobre cada ritmo e deixar um link para um ou mais vídeos no youtube, para os que tiverem interesse em conhecer um pouco mais.
A Salsa e a minha dança favorita dentre os ritmos caribenho, é também a dança mais difícil de aprender. Alguns passos mais elaborados, como giros, lembram um pouco o forró. Alguns vídeos do ritmo aqui aqui.
Merengue é meu segundo ritmo favorito por ser um ritmo cheio de energia e também por ser muito fácil de dançar. De acordo com minhas pesquisas, este é um gênero musical que se originou na República Dominicana (RepDom) no início do século XIX. Estas músicas também são bastante melosas e tocam o tempo todo na RepDom. Vídeos aqui e aqui.
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A bachata é um general musical também originário da RepDom, considerado inicialmente como música de "pobres" e que se popularizou a partir dos anos 80 As letras são bem melosas (algo que não é exclusivo deste ritmo latino mas é o que mais se destaca nesse sentido) o que me lembra bastante as duplas sertanejas e as bandas pagodes dos anos 90 no Brasil.
O ritmo é bom para se dançar e muito fácil de aprender, mas depois de uma semana não aguentava mais ouvir as músicas que tocam incessantemente, junto com o merengue, em todos os lugares na RepDom. Os músicos do momento são: Romeo Santos, Prince Royce, Frank Reyes. Assista a um vídeo aqui.
Kompa é um estilo musical popular no Haiti que surgiu a partir da década de 1950, dizem que é uma evolução do Merengue. A dança realmente é bastante semelhante, sendo que o Kompa é uma dança mais lenta e muito fácil de aprender. Vídeos do ritmo aqui aqui.
Cha-cha-cha é um ritmo que se originou em Cuba a partir dos anos 50, é um ritmo bastante marcada o e que também é bastante fácil de aprender, mas que apresenta alguns passos mais elaborados que o Merengue, a Bachata e o Kompa. Vídeo do ritmo aqui.
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Um outro ritmo, que não é uma dança de salão mas que toca muito por aqui, é o Regueton. Ritmo forte e contagiante, letras picantes, clips com mulheres seminuas são as caraterísticas mais marcantes deste ritmo. Algo comum a muitos outros ritmos musicais muito populares hoje.
Em geral os movimentos associados a este ritmo, ao dançar, tem um apelo altamente sexual, o que eu associo invariavelmente ao Funk carioca. Assista vídeos aqui e aqui.
Outros ritmos caribenhos são Rumba (Cuba), Cumbia (Colômbia e Panamá), Reggae (Jamaica), e Zouk (Guadalupe e Martinica).
Texto publicado originalmente no blog Brasileiras Pelo Mundo: http://www.brasileiraspelomundo.com/haiti-dancas-e-ritmos-caribenhos-41117870

terça-feira, 29 de julho de 2014

Haiti, un petit paradis!

Estou há quase sete meses no Haiti, e neste período viajei para algumas partes do país. Sempre que tenho a possibilidade viajo com meus amigos e o que tenho visto são praias, montanhas e lugares maravilhosos.

Sempre comentamos entre os amigos que ha uma propaganda muito negativa deste país, em partes por existir aqui uma missão de estabilização da ONU. Por isso decidi fazer propaganda positiva, já que este lugar eh muito lindo.

Pra começar, apesar da pobreza imensa, as taxas de criminalidade aqui são menores que na maioria dos países do Caribe (com exceção de Cuba).

Para os visitantes pode haver um problema que eh a dificuldade de se comunicar com a população local, já que o Creole eh uma língua pouco conhecida. Mas, os haitianos são muito bons com idiomas, eh muito comum que os comerciantes saibam espanhol, inglês e francês.  Quem sabe inglês ou francês consegue se virar bem por aqui.

Em compensação há muitos lugares incríveis a serem explorados por viajantes curiosos e animados. Vou fazer uma pequena apresentação dos lugares que conheço ate agora.


Jacmel

Jacmel fica a sudoeste de PAP, em torno de duas horas de viagem. Alem de ter algumas praias super bonitas eh famosa por ter um carnaval muito bonito. Há também muitos artistas que trabalham com papel machê, tanto para fazer alegorias de carnaval quanto para outros objetos vendidos aos turistas. 


Trabalhos em papel machê


Em Jacmel também se encontra Bassin Bleu, que é um rio cuja água tem uma cor azulada e que tem uma cachoeira deliciosa. 


Em minha segunda visita a Jacmel fiquei em um hotel com uma vista maravilhosa.



Ah.. as Praias...  Owanga, Taino, Anse a Pirogue...


Essa foi a praia mais linda até hoje!! Ela chama Anse a Pirogue, a água lá é impressionante, extremamente límpida. Chegamos lá por uma estrada de terra e pedimos permissão ao guarda da propriedade pra entrar, foi muita sorte encontrar esse lugar. 

Esta Praia fica perto de Kaliko beach, acho que se chama Feeling. Este eh um lugar bom pra mergulho por ter alguns corais. 



Esta fotinho eh da praia de Owanga, lugar muito lindo também ao qual fui para mergulhar. 

Esta aqui é Taino, uma praia meio pública, onde come-se uma lagosta maravilhosa e super barata. 




Montanhas: Kenskoff e Vallue
De vez em quando, pra variar um pouco fazemos um passeio em uma região montanhosa. Como o Haiti tem muitas montanhas, sempre há uma vista bacana. 





Croix-des-Bouquets
Esta é uma cidade da regiao metropolitana de PAP famosa principalmente por um bairro chamado Noilles que é um bairro onde vivem artistas que trabalham com metal. A matéria prima para estas artes em metal são tambores de óleo. Existem mais de 50 atelieres no local que produzem objetos incríveis, como alguns dos exemplares abaixo.










Citadelle
A Citadelle é um dos destinos turísticos mais populares do Haiti. Este lugar eh um antigo forte, construído logo após a independência do pais, em 1804. Eh uma contrucao imensa, no topo do monte L'Eveque  na região norte, próximo à cidade de Cap-Haitien. Alem do lugar ser impressionante pelas suas dimensões enormes a vista lá de cima é maravilhosa, pois o monte esta cercado por outros montes e a paisagem é muito verde. 
Quer saber mais sobre Citadelle? Clique aqui.



Paixão Haitiana, Seleção Brasileira

Ta bem tarde pra postar este texto, que escrevi antes da copa, mas acho que o tema eh legal, mesmo passado o evento pois os haitianos sao apaixonados pelo futebol brasileiro com ou se a copa. Neste fim de sema estive em Cap-Haitien e a primeira coisa que as pessoas comentam quando falo que sou brasileira eh do futebol. 

Fotos cedidas pela Lu que trabalhou na organizacao das apresentacoes dos jogos pelo batalhao do Brasil, Brabat 20. 

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Uma das coisas que mais me impressionaram desde que cheguei ao Haiti foi a presença constante da bandeira do Brasil nas ruas de Porto Príncipe, e não me refiro as bandeiras nos uniformes dos militares. É muito comum vê-la em carros, paredes de casas, e nas camisas dos haitianos. Essa simpatia dos Haitianos pelo Brasil tem muito a ver com a  presença do exército brasileiro no país, que está aqui há dez anos, e que parece ser muito benquisto pelo povo daqui, mas é no futebol que ela se torna mais evidente. Os haitianos são loucos por futebol, mas como eles mesmos não tem uma seleção na copa do mundo o país adotou a seleção argentina e a seleção brasileira como suas seleções favoritas. Assim, nas ruas de porto príncipe é comum ver carros carrengando as bandeiras do Brasil e da Argentina.
Normalmente, sinto que os haitianos são um pouco hostis com estrangeiros, ainda mais os branquelos como eu, mas, em geral, quando digo a um deles que sou brasileira fica evidente uma mudança de postura. Sinto que imediatamente eles ficam mais receptivos e simpáticos e normalmente comentam algo sobre futebol.

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Agora, com o início da Copa do Mundo esta paixão dos haitianos pelo futebol brasileiro tem ficado cada dia mais evidente. Cresceu muito o número de veículos carregando a bandeira do Brasil pelas ruas e nos bairros onde a presença das tropas brasileiras é mais forte há áreas inteiras decoradas em verde amarelo. 

A copa do mundo é um assunto tão importante por aqui que já rendeu até protestos em algumas cidades para que o governo garanta o fornecimento de energia elétrica durante o evento. 

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Nos locais em que há presença mais forte das tropas brasileiras também estão sendo realizadas transmissões dos jogos em telões para a população. Para ficar mais divertido ainda, estão sendo distribuídas camisetas e pipoca.
Para nós, brasileiros que não estamos no Brasil para compartilhar com o país este momento tão importante, a opção é nos reunirmos em algum lugar ou ir ao batalhão do Brasil onde também serão transmitidos os jogos e onde certamente poderemos nos sentir mais perto do Brasil. Nos resta agora torcer para que tudo dê certo e que o Brasil seja campeão, com uma vibração positiva a mais direto do Haiti. 
 

Algumas fotos dos carros na rua com bandeiras ou do Brasil ou da Argentina:
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quarta-feira, 28 de maio de 2014

Aventuras, diversão e um pouco mais de Haiti

Voltei a PAP no dia 29 de abril, apos passar quase o mês de abril inteiro fora. Maio foi um mês bastante cheio, passei o mês inteiro aqui e quase nem viajei pra fora de PAP. No primeiro finde semana aqui fui com os colegas para a praia e neste final de semana decidimos que iríamos com meu carro. Acontece que o carro quebrou no caminho e o dia foi uma bagunça. Ligamos para os mecânicos em PAP para nos resgatarem mas como demoravam acabamos pedindo ajuda a alguns militares de ONU que estavam passando. Eles guicharam nosso carro até o hotel onde íamos passar o dia. Eu peguei carona no caminhão :D 



Na volta da praia ainda neste dia compramos diversas frutas no caminho dos vendedores locais.

NO terceiro final de semana do mês fomos fazer uma atividade voluntária em uma escola em uma cidade próxima a PAP. Estavam em torno de 100 crianças no evento e passamos algum tempo com elas fazendo desenhos e também plantamos arvores com elas. 
A área em que vivem as crianças é muito pobre, além das crianças que vimos na escola haviam muitas outras no caminho. Fiquei muito impressionada em ver que as crianças, que receberam  um almoço bem servido do batalhão do SriLanka, estavam guardando o resto do almoço em saquinhos plásticos pra levar pra casa. Nunca havia encontrado pessoas tão necessitadas antes. Desde muito pequenas elas sabem o quão importante pode ser um restinho de comida, algo que nós muitas vezes não nos damos conta ao jogar comida no lixo com a maior facilidade. 





O mês de maio teve festas de aniversário, baladas e algumas despedidas de alguns amigos que vão embora. Aqui é assim, tem gente partindo e chegando na missão o tempo todo.

A despedida mais importante e divertida foi a do Luis que voltou pro Brasil, a festa foi em um restaurante em PAP e além de comida teve muita dança latina. Foi uma noite muito divertida. 


NO ultimo final de semana, após um final de semana cheio de festas, aniversários e mais despedidas, decidimos fazer uma visita a uma vila muito especial na região de Port-au-Prince chamada Noailles que fica em Croix-des-Bouquets. Nesta vila existem mais de 50 ateliers de artesãos que trabalham a arte em metal haitiana, ou Boss Art. 
(foto emprestada do Google)

Na rua da villa de Noailles as lâmpadas são decoradas com as artes de metal



Fazia tempo que queria comprar algumas destas artes, e como vou visitar a Lu em breve em San Diego queria comprar um presente Haitiano pra ela.
PRa minha casa comprei esta fruteira.


 Também uma árvore da vida em metal, que é muito comum por aqui.

Juntei mais um lagartinho à minha decoração.


E finalmente comprei um espelho um pouco maior pra poder me ver ao sair, achei o espelho uma graça.


Ao final da tarde fui com a turma ao hotel montana aqui em PAP pra jantar e bater um papo. A vista do hotel é maravilhosa, muito melhor da vista das ruas poeirentas aqui da parte baixa onde moro. Ainda bem que tem uns lugares bonitos como este pra darmos uma fugidinha no fim da semana. 



Já é meia noite e meia, acho q tá na hora de tentar dormirrr.